Um bom tema para a semana após o carnaval 🎉 : café ☕
Estima-se que a população mundial ingere 2,25 bilhões de xícaras da bebida diariamente. O principal estimulante do café é a cafeína, substância psicoativa mais consumida no mundo. Ela é naturalmente encontrada não só no café, mas também no cacau, chá preto/verde e guaraná, e adicionada em refrigerantes, bebidas energéticas e medicamentos. Através da atuação sobre receptores de adenosina no cérebro, a cafeína promove um estado de alerta. Também pode promover melhora da capacidade física, reduzindo a percepção de fadiga quando utilizada como pré-treino (30 a 90min antes). A cafeína preenche os receptores celulares no cérebro e impede que a adenosina se ligue à eles, evitando assim a sensação de sonolência e cansaço. No entanto, ainda que a cafeína pareça energizante, ela é, na verdade, uma espécie de “empréstimo”. Isso porque ela eventualmente se decompõe, liberando os receptores celulares e toda a adenosina - que estava solta e vinha se acumulando no organismo - irá agora se encaixar em seus receptores, trazendo de volta a sensação de sonolência e cansaço. E, caso haja adição de açúcar à bebida, pode haver uma sensação de “pico” e posterior “colisão”, já que, ao adoçar a bebida, o pico de açúcar no sangue pode ocasionar uma sensação ainda maior de cansaço posteriormente.
Doses moderadas de cafeína são consideradas entre 40 a 300mg/dia, 1 xícara de café contém entre 70 - 200mg. Porém, metabolizadores lentos de cafeína podem apresentar efeitos adversos, mesmo consumindo menos de 3 xícaras de café ao dia. Isso porque a carga genética é a responsável pela variabilidade da resposta à ingestão de cafeína. Os efeitos adversos incluem ansiedade, nervosismo, aumento rápido da frequência cardíaca e pressão arterial e insônia. Além desses, podemos ter efeitos ruins para o trato gastrointestinal.
Por fim, a melhor forma de otimizar a função cognitiva, energia e disposição passa por um sono adequado, atividade física regular, dieta equilibrada e controle do estresse 🧘♀️
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F&T Notes: pelas nutricionistas Fernanda Bernaud e Thaís Rasia
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