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Fernanda Bernaud & Thaís Rasia
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Junk Food e Alimentos Ultra Processados



Recentemente, viralizou o caso de uma rede mundial de fast food, após a denúncia que o hambúrguer de picanha não possuía picanha em sua composição. Questionada, a empresa confirmou que o produto não tinha hambúrguer de picanha e que a novidade do lanche era o molho sabor picanha, com aroma natural de picanha. Nessa mesma linha, outra rede de fast food confirmou que o hambúrguer Costela é feito com paleta suína e não com costela, levando em sua composição aroma de costela. Ainda nesse sentido, foi proibido o fornecimento, a distribuição e a venda de um produto conhecido como suco de fruta, após o Procon do Distrito Federal constatar a prática de publicidade enganosa, uma vez que o produto, apesar das ilustrações do rótulo, conta com menos de 1,5% de frutas no seu conteúdo. Estes casos apenas reforçam a necessidade de atenção dos consumidores ao que estão comprando e consumindo.



 

No final dos anos 2000, pesquisadores do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo foram os primeiros a associar as mudanças no processamento industrial de alimentos como o principal motor da pandemia de obesidade. Em 2009, a partir da divulgação do comentário Nutrition and Health. The issue is not food, nor nutrients, so much as processing (Nutrição e Saúde. O problema não é a comida, nem os nutrientes, mas o processamento, em tradução livre) o entendimento sobre os efeitos deletérios do processamento de alimentos começou a ganhar o mundo. O termo ultraprocessado significa um produto alimentício formulado com POUCOS ou NENHUM ingrediente in natura.



Já a sobre a definição de Junk food não há um consenso na literatura acadêmica. Em razão disso, a maioria dos estudos assume que apenas produtos enquadrados em categorias como salgadinhos, doces e sobremesas são considerados como junk food, excluindo, consequentemente, outros produtos que contém excessivas quantidades de calorias, gorduras saturadas, açúcares adicionados ou sódio. Reconhecendo as lacunas existentes, um estudo, publicado no The Journal of Nutrition analisou a quantidade de calorias, gordura saturada, açúcar e sódio consumida por adultos norte-americanos que seriam classificadas como junk food usando os critérios estabelecidos em legislação chilena, a qual utiliza nutrientes e componentes alimentares para definir esses alimentos. No estudo, foram utilizadas 2 pesquisas nacionais sobre o consumo alimentar em 10.001 adultos (NHANES 2015-2016 e NHANES 2017-2018) de diferentes faixas etárias, gênero e renda. O estudo apontou que, entre 2015 e 2018, quase metade das calorias e 75% do açúcar total ingeridos pelos norte-americanos derivaram de junk food. As bebidas adoçadas foram responsáveis por mais de 40% do consumo total de açúcar oriundo de junk foods. Assim, aprender a ler a lista de ingredientes é um passo fundamental para escolhas mais saudáveis e conscientes. O objetivo final deve ser aumentar o consumo de alimentos na sua forma natural ou minimamente processada. É imprescindível que tenhamos conhecimento sobre aquilo que estamos ingerindo.


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F&T Notes: pelas nutricionistas Fernanda Bernaud e Thaís Rasia



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