Continuando a nossa série de textos sobre saúde da pele, hoje a leitura é um tópico atual de debates: acne e nutrição.
Acne vulgaris é uma condição dermatológica comum, considerada uma doença crônica que afeta a sociedade ocidental tipicamente durante a adolescência, permanecendo na vida adulta em aproximadamente 54% das mulheres e 40% dos homens. Apesar de não acarretar em riscos à saúde, a acne, especialmente a mais severa, têm sido associada a altos níveis de ansiedade, depressão, isolamento social e comportamento agressivo.
Além das formas convencionais de tratamento - retinóides de uso tópico, laser e antibióticos - a dieta pode ter um papel importante. Uma revisão concluiu que alguns componentes da dieta Ocidental, particularmente os lácteos, podem estar associados ao aumento da acne. No entanto, hoje a recomendação dietética baseada em evidências mais eficaz para a redução de lesões da acne é a dieta de baixa carga glicêmica. Portanto, uma dieta com restrição de doces, bebidas açucaradas e cereais refinados, como pães e biscoitos é uma estratégia importante para quem busca tratar a acne.
Entre as terapias dietéticas complementares utilizadas para o tratamento da acne encontramos alguns estudos sobre a suplementação de inositol, ácidos graxos ômega-3 e probióticos.
A suplementação por via oral de probióticos pode promover um equilíbrio na microbiota da pele, além de reduzir o risco de candidíase em usuárias de antibióticos. Especialmente as cepas: Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus delbrueckii subspecies bulgaricus e Bifidobacterium bifidum foram testadas e associadas a esses benefícios.
Prevenção e tratamento da acne passam, portanto, por uma nutrição adequada.
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F&T Notes: pelas nutricionistas Fernanda Bernaud e Thaís Rasia
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