“Câncer” é um termo que engloba mais de 100 diferentes tipos de doenças que têm em comum o crescimento acelerado e desordenado de células. Cerca de 80% a 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas, como: presença de obesidade, sedentarismo, tabagismo e alimentação inadequada.
Mas, existe uma dieta para prevenir o câncer?
Uma revisão sistemática publicada em 2019, concluiu que a dieta mediterrânea, considerada uma das dietas mais saudáveis do mundo, já descritas em inúmeras publicações do F&T Notes, pode contribuir para a redução do risco de câncer na população. Os diversos nutrientes e compostos antioxidantes constantes nos alimentos presentes na dieta mediterrânea auxiliam na proteção e prevenção contra o câncer. Isso porque são capazes de prevenir e neutralizar danos ao DNA, afetando negativamente a proliferação de células cancerosas. Nesse mesmo sentido, uma revisão publicada em 2020 apontou que uma adesão rigorosa à dieta mediterrânea está associada à redução da mortalidade por diversos cânceres, como: câncer de mama, câncer colorretal, câncer de cabeça e pescoço, cânceres gástricos, câncer de próstata, câncer de fígado, câncer de pâncreas e cânceres respiratórios.
Ademais, a adoção de uma dieta saudável, bem como a limitação do consumo de fast-foods, bebidas adoçadas, carnes vermelhas e processadas e bebidas alcoólicas, são algumas das recomendações do World Cancer Research Fund International para a prevenção do câncer.
Por fim, cabe ressaltar que, embora estudos sejam incipientes, a intervenção dietética também pode oferecer diversos benefícios aos pacientes diagnosticados com câncer, dentre eles: a redução da toxicidade, a melhoria da eficácia do tratamento e menor risco de complicações a longo prazo. Sendo que alguns dados correlacionam períodos prolongados de jejum como uma estratégia interessante para o tratamento dessa condição crônica: Veja aqui: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28202779/ e aqui: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32669709/ A dieta que mimetiza o jejum (Fasting Mimicking Diet), que por ser recomendada em ciclos, com duração de 5 a 7 dias, pode ser mais fácil de aderir quando comparada a outros protocolos de jejum. No entanto, a FMD ainda precisa de mais ensaios clínicos de longa duração para comprovar o seu efeito em humanos.
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F&T Notes: pelas nutricionistas Fernanda Bernaud e Thaís Rasia
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