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O blog das nutricionistas
Fernanda Bernaud & Thaís Rasia
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6 Tendências de Nutrição que vão explodir em 2021

O ano de 2020 foi atípico e as cicatrizes que surgiram permanecerão pelos próximos

anos. Com elas, novos insights e tendências começam a aparecer.


Por aqui, destacamos algumas dessas tendências de 2021 que poderão impactar na sua alimentação.


tendencias-alimentacao-2021


1) Imunidade na mesa

Com o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, surgiu a necessidade de

colocarmos a nossa imunidade em pauta. O sistema imunológico que antes era visto como algo comum, ordinário, ganhou o interesse da população com o início da pandemia no país. De acordo com dados do Google Trends Brasil, a busca pela frase “como aumentar a imunidade” cresceu mais de 100% no primeiro semestre de 2020. A busca também refletiu na mesa dos

brasileiros, com o aumento do consumo de alimentos mais saudáveis.


Quando pensamos na relação entre imunidade e alimentação, o primeiro nutriente que vem à mente é a vitamina C, associada popularmente às frutas cítricas. Entretanto, a presença desse nutriente vai além das laranjas e limões, podendo ser encontrado em verduras de folhas escuras; no brócolis e na couve; em frutas tropicais (camu-camu, goiaba, caju, açaí, jabuticaba, cupuaçu, guaraná...), e pasmem: na batata-doce e inglesa!


Vale lembrar que um bom sistema imunológico não é construído do dia para a noite e

apenas com um único nutriente, mas é um reflexo dos nossos hábitos e estilo de vida. Uma

vasta literatura científica nos mostra que é importante mantermos uma alimentação rica em

frutas e vegetais, quanto mais diversificada melhor.




2) Intestino são, corpo são

Além das vitaminas e minerais, quando falamos em imunidade, outro assunto de grande relevância é a microbiota intestinal, que nada mais é do que diversos microrganismos que habitam nosso intestino. Na comunidade científica, muito se discute sobre o desequilíbrio da microbiota intestinal poder ser o cerne de mudanças no nosso organismo que levam às

alterações do sistema imune, redução na absorção e síntese de certos nutrientes.

Consequentemente, essa alteração da microbiota intestinal poderia aumentar o risco de doenças inflamatórias, metabólicas, neoplásicas e até mesmo doenças neurológicas, como Alzheimer, Parkinson e depressão.


“Podemos modular nosso sistema imunológico através da dieta graças às nossas bactérias

intestinais” definição da presidente da Organização Mundial de Gastroenterologia, Naïma

Lahbabi-Amrani (WGO, 2020). Sabe-se que os alimentos prebióticos servem como substrato

energético para essas bactérias, garantindo que as mesmas se proliferem e continuem

exercendo sua função. Essa classe de alimentos inclui os fruto-oligossacarídeos (FOS), inulina e

amido resistente que são encontrados em mais de 36 mil espécies de plantas, além dos

polifenóis, que são substâncias encontradas em alimentos de origem vegetal, consideradas

não nutrientes. Os prebióticos não sofrem degradação, portanto chegam intactos ao intestino

e servem como substrato para fermentação das bactérias intestinais e a consequente geração

de ácidos graxos de cadeia curta - compostos benéficos para o nosso corpo-. Como tudo na

nutrição requer equilíbrio, os prebióticos também têm uma quantidade limite de consumo; se

você passar dele sentirá desconforto intestinal (leia-se: gases).


Veja aqui o Webinar: Imunidade e Nutrição, entenda o que o microbioma tem a ver com



3) Plant-based diet

Puxando o gancho de uma alimentação rica em alimentos de origem vegetal, outro

movimento, que cada vez mais está conquistando espaço, é o padrão de dieta plant-based. Tal tendência se deve a uma série de possíveis benefícios que esse tipo de alimentação agrega como, por exemplo, a redução do risco para doenças crônicas, entre elas as doenças cardiovasculares e diabetes. Você pode estar se questionando “a dieta plant-based é sinônimo de vegetarianismo?” Não. Esse padrão de dieta enfatiza alimentos de origem vegetal na sua

forma integral ou minimamente processada, mas não significa, necessariamente, a eliminação de alimentos de origem animal.


Cabe ressaltar que uma dieta plant-based pode ser inadequada se os nutrientes não forem bem calculados. Sabemos que os alimentos de origem animal são fontes de vitamina B12, ferro e zinco - que encontramos em quantidades bem menores nos alimentos de origem vegetal.


Isso significa que a dieta plant-based, assim como qualquer outro padrão de dieta, requer boas

escolhas alimentares, afim de suprir as recomendações diárias de todos os nutrientes, de

acordo com cada etapa de vida. Procurar um nutricionista nesses casos é assertivo.


Segue uma dica de uma marca que adoramos, que produz alimentos à base de plantas de

forma equilibrada, natural, diversa, e incrivelmente saborosa: Urban Farmcy


Brain foods

Não resta dúvida de que o ano que passou desafiou a nossa produtividade, bem como

nossa capacidade de foco e concentração diante de tantas atividades online. Em consequência

disso, com o objetivo de otimizar nossa função cerebral, uma nova tendência vem surgindo, os

brain foods. Podemos citar nesta categoria o chá verde, que carrega o aminoácido L-teanina,

cujos efeitos podem incluir o relaxamento, melhora da qualidade do sono e, otimização da

cognição.


Os ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 fazem parte da membrana celular das

células neuronais e são essenciais para a função adequada do cérebro. Há um consenso de que

a deficiência de ômega-3 leva ao déficit cognitivo e perda da memória. Como o corpo humano

não produz esses ácidos graxos, dependemos exclusivamente do fornecimento pela dieta.

Podemos obtê-lo consumindo peixes, sementes de chia, sementes de linhaça, nozes, entre

outros alimentos.


Outros ajudantes valiosos quando se trata de função cerebral, são os antioxidantes. Os

flavonoides são compostos que exercem atividades antioxidantes, ou seja, reduzem os radicais

livres formados no nosso corpo. O excesso de radicais livres prejudica a homeostase cerebral.

Podemos encontrar grandes quantidades de flavonoides em diversas frutas, no cacau, no

feijão e no chá verde.


Não podemos nos esquecer das vitaminas do complexo B, principalmente as vitaminas

B6, B9 e B12. Várias evidências apontam que esses nutrientes podem prevenir o declínio

cognitivo em idosos e potencializar a performance cognitiva. As fontes alimentares de

complexo B são carnes, peixes, aves, leguminosas, nozes e castanhas, grãos integrais e vegetais

de folhas escuras.


No entanto, os brain foods não conseguem tomar conta do recado sozinhos. Além

disso, não podemos esquecer que alguns componentes da dieta ocidental, em excesso,

exercem o efeito contrário, como as gorduras trans, gorduras saturadas, açúcares e

carboidratos refinados.



4) Transparência suprema


A transparência nos rótulos e embalagens vem ganhando cada vez mais importância entre os consumidores, configurando-se como a principal tendência no Top Ten Trends para 2021, do Innova Market Insights.


Por trás dessa simples exigência, os especialistas apontam que os consumidores valorizam produtos que garantem o bem estar e a qualidade de vida do animal, além de uma postura de sustentabilidade frente ao meio ambiente. Para a maioria dos consumidores brasileiros, produtos originados de empresas que se preocupam com o bem estar animal têm maior qualidade do que aqueles de empresas com métodos de criação convencionais. Os consumidores estão interessados em conhecer a origem dos alimentos e o impacto ambiental que a sua cadeia de produção causa. Logo, espera-se que as marcas que investem em comunicação transparente, ética e sustentabilidade terão sucesso em 2021.


Conheça o movimento bean-to-bar



5) Equilíbrio

Podemos ver que cada vez mais as tendências de alimentação estão focadas na nutrição integrativa, que continuará crescendo em 2021. Em poucas palavras, podemos dizer que essa abordagem é baseada no efeito de nutrir a mente, as emoções e o corpo, não vendo a alimentação como um fator isolado, mas parte de uma vida saudável, inserida em um contexto social.


Esse novo olhar para a alimentação vem em resposta à moda das dietas restritivas e “milagrosas”, impossíveis de serem mantidas a longo prazo e, portanto, incapazes de criar autonomia alimentar e hábitos saudáveis e sustentáveis. Apesar dessa abordagem nutricional ser uma tendência, ainda em 1946, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definia saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”. Hábitos alimentares não são fáceis de serem modificados. Por mais que isso soe óbvio, a mudança real de comportamento, qualquer que seja ele, precisa de um reforço positivo para se tornar genuína e duradoura. Isso nos leva a pensar que escolhas alimentares mais simples e flexíveis podem trazer mais saúde e bem-estar físico e mental.


E aí, você se identificou com algumas dessas tendências? Conta para a gente!


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F&T Notes: por Fernanda Bernaud e Thaís Rasia

Colaboração: Isadora Randon Barbosa (biomédica e estudante de nutrição)


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